7/10/1946
Não quero ser teu mais constante
pensamento.
Nem sequer,meu Amor!,teu sentimento
mais instante.
Basta-me ser,
a certas horas de certos dias,
o Sol que vai tuas mãos frias
aquecer.
Basta-me ser,a certas horas,
quando,subtil,a Mágoa vem,
aquela lágrima que choras
e te faz bem.
Basta-me ser aquele nome
naquela carta daquela tarde
em que tu tinhas sede e fome
de que eu viesse acompanhar-te.
(Se eu, meu Amor!,não fosse vivo,
quem sabe lá se existiria
a tua cândida alegria
que é sem princípio e sem motivo?...)
(excerto)
Gama, Sebastião da , "Cabo da Boa Esperança".
Mem Martins: Edições Arrábida, 2007,p.104
Recolha de Augusto Silva
*Obra do acervo da Biblioteca desta escola
quinta-feira, 7 de maio de 2009
"LENGA-LENGA", Sebastião da Gama
Etiquetas:
Literatura Portuguesa,
Poesia,
Poeta Português,
Sebastião da Gama,
Sentimentos
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